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Não basta querer vencer
As vezes o conceito de vencer pode ser diferente, os objetivos diversos e as vontades se limitarem a várias intensidades......               leia mais...
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O Conquistador

Quase sempre no nosso cotidiano encontramos frases de efeito, mensagens religiosas, apelos publicitários ou filósofos de plantão que buscam induzir os menos atentos na crença de que se pode realizar tudo o que queira ou que em se tendo fé tudo se resolverá.

É a teoria do "eu quero eu posso". É o postulado da "força da fé".

Embora sejam parcialmente verdadeiras, as afirmações nestes termos são simplistas, incompletas, e até irresponsáveis. Os formuladores destes discursos pecam gravemente pela omissão das fortes condicionantes e dos pequenos detalhes que são inerentes a estas assertivas.

É certíssimo que quando queremos alguma coisa, e acreditamos nela, pouco importando a sua grandiosidade, singularidade, adversidade ou distância da realidade, é possível obtê-la.

Mas, não basta apenas querer e acreditar.

O querer deve ser interpretado como o ponto de partida, o instante em que se deslancha o processo de conquista e, a partir daquele momento para o futuro, a ordem é planejar, passo a passo, todas as ações que se deve empreender para atingir o objetivo.

Por isto, claro, é preciso querer, querer muito. Também é fundamental acreditar, e acreditar verdadeiramente, a ponto de se ter absoluta consciência de que, a partir daquele momento, depois da arrancada para a conquista de um objetivo, nada mais será como o fora até então.

O sucesso da empreitada, ao final, estará sempre condicionado à capacidade de cada um para se impor como um conquistador, o que implica no uso da coragem, da força de vontade e do senso de disciplina.

Só os conquistadores conseguem quebrar a monotonia do simplesmente existir e investir numa maratona de disputas com o mundo, seus medos e seus habitantes.

A fé apenas não basta.

Em alguns casos é imperioso renunciar a algumas atividades, se incompatíveis com o alcance da meta, em outros, é preciso adotar novos hábitos, se dedicar a estudos apropriados, mergulhar em pesquisas dirigidas, aprender técnicas desconhecidas e exercitar na prática os conhecimentos teóricos, sem falar em milhares de novos detalhes que farão parte do dia-a-dia e que mudarão efetivamente a vida de cada um.

O conquistador, aquele que elegeu um grande ideal a ser conquistado, deverá ter em mente que em nenhum momento, em nenhuma hipótese, nem nos sonhos, poderá se desligar do seu foco.

E mais, tudo deve ser planejado com critério, sem pressa e sem procurar pelos atalhos, quem verdadeiramente quer não pode conviver com a ansiedade.

É certo que os imprevistos sempre acontecem. Não se ganha todas as batalhas, mas, quando as erros brotam, o verdadeiro conquistador não chora, não lastima, não impreca e, muito menos perde a paciência. Ele sabe que é exatamente nos momentos de fracasso que se deve rever os passos, localizar os erros e reordenar as metas.

Portanto, se você pretende ser um conquistador não aceite como verdade absoluta aquilo que encerra apenas parte dela. Apenas querer não leva ao poder; não basta somente a fé para mover as montanhas; a sorte não é suficiente para conduzir ao sucesso e, afinal, é inquestionável, cada um constrói o seu futuro a cada minuto.

A figura do destino não existe.

Faça a sua parte, e a faça completa, com determinação, desprendimento e perseverança, só assim persistirá a chance de que você possa se tornar um conquistador, talvez um grande conquistador.

Danilo Santana

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